sexta-feira, 21 de maio de 2010

Isso vicia?

"Quando a vítima exibe sinais de alívio ou alegria após ter sido ajudada, a pessoa que ajudou pode sentir alegria empática. Uma vez tendo experienciado alegria empática, a pessoa pode sentir-se motivada a ajudar novamente de modo a sentir a alegria empática outra vez. Essa auto-recompensa inerente na empatia não é um processo consciente e pode ter sido um fator adaptativo."

domingo, 9 de maio de 2010

Aparências e nada mais

Matéria do Estadão:
"(...) como ela consegue esse corpo escultural após três meses do parto de seu primeiro filho?

É lógico que, hoje em dia, ninguém mais se ilude sobre o fato de que a propaganda retoca a imagem. Ou seja, o tal do “photoshop” melhora as condições físicas da mulher fotografada. Mas, mesmo assim, o questionamento será inevitável. Afinal, ela está deslumbrante."

Deslumbrante? Tudo bem. Photoshop? Tudo bem. Corpo escultural? OK, ela nunca foi de muitas curvas. Continua a mesma Gisele Bündchen, continua vendendo, continua top.
Problemas. Continua a mesma? Não, agora ela é mãe de um bebê de três meses. Qual o custo deste corpo escultural para seu lindo Benjamin?
Não só ela como várias atrizes são elogiadas pela mídia durante e após a gravidez por manterem um corpo "invejável" até mesmo para quem não passou por nove meses de mudanças.
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Somos orientadas pelos médicos a amamentar no mínimo até os seis meses de vida do bebê. Os estudos e pesquisas são claros ao mostrar os benefícios tanto do leite materno, quanto do contato entre mãe e filho durante a amamentação.
É verdade que muitas mães não conseguem, apesar de quererem, essa "continuação" da gravidez. Também é verdade que outras não engordam - eu mesma ganhei apenas nove quilos. Porém, é algo que acontece naturalmente.
Não esquecendo que cada ser humano é um indivíduo, único, um corpo - um conjunto - que funciona de maneira exclusiva em cada um de nós.

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Ontem, em aula, o professor perguntou a nós - a maioria mulheres - se sabíamos que a gravidez humana deveria durar mais de nove meses. Alvoroço.
A explicação é que no início da espécie, a posição de nosso corpo se assemelhava a de quadrúpedes e, portanto, o peso da barriga e a gravidade não afetavam a coluna. A partir do momento que passamos à posição ereta, a adaptação da espécie diminuiu o período de gestação interna até o ponto em que nossa coluna suportasse sem maiores danos.
Assim, os bebês passaram a nascer sem que suas estruturas estivessem completamente formadas, exigindo um período de "gestação externa", onde o bebê precisa da mãe em vários sentidos para se completar.

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Penso, então, no efeito dos elogios da mídia às mulheres que, grávidas ou com  recém-nascidos, estão com corpos que "nem parecem" que estão ou estiveram com um bebê em gestação.
Chegam a dar os parabéns pela "recuperação" do corpo, mas não chegam perto de saber sobre os filhos.
E assim, nós, mulheres "normais" temos que conviver com a imagem do corpo perfeito até depois da gravidez! Assim, muitas mulheres sem a capacidade de questionar o que veem ou leem, ao invés de focarem em uma gravidez "interna e externa" saudável, pensam em seu corpo e não nas necessidades do bebê.
Algo que me incomoda há tempos. O elogio pode vir, mas antes poderia um questionamento. Porém, em um mundo onde a imagem fala - e vende - mais, o que importa são as aparências e não o nascimento de um filho, mais uma vida gerada, o amor em forma de gente.

sábado, 8 de maio de 2010

A Class Divided

Algo a ser assistido, refletido, comentado, discutido.



Essa é só a primeira parte.