sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Compartilhando

"Me revolta pensar que todos os estudantes matriculados no ensino fundamental e médio em São Paulo e em quase todo o Brasil TÊM AULAS DE INGLÊS NO CURRÍCULO. E ninguém termina o colegial sabendo falar, escrever ou ao menos ler inglês com o que aprende na escola. São duas horas por semana durante oito anos e as pessoas mal dominam os instrumentos básicos do idioma. Não saberiam chegar em uma rodoviária e perguntar a que horas sai o ônibus.


Pior é que com o português, matemática, história, geografia não é muito diferente... Por que se estuda tanto (horas, dias, semanas, meses, anos) e não se aprende? Não se aprende o que é ensinado e ainda tem o muito que não é ensinado na escola e poderia ser igualmente considerado fundamental (de primeiros-socorros a mecânica de automóveis a filosofia a política).

Eu acho um absurdo a gente estudar mitocôndrias, a reprodução das angiospermas, tabela periódica, diagrama de Linus-Pauling (eu adorava distribuir os elétros em camadas), saber a diferença entre o retículo endoplasmático liso e o rugoso (juro que eu já soube) e nunca, nunca mesmo alguém explicar, ao menos uma vez, o que é vereador, desembargador, promotor. Liminar, medida provisória, Senado, Ministério Público, Supremo Tribunal Federal. Mesmo que não caísse na prova ou não valesse nota."

(Extraído do blog da Soninha)

E como, ano após ano, nada muda apesar de todos saberem que é o que acontece?!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Apaixonante

Há meses, descobri, por acaso, o blog Para Francisco. Depois de devorá-lo em uma tarde de domingo, hipnotizada por aquelas tão bem escritas linhas, quando nem mesmo as lágrimas que vez ou outra surgiam conseguiram desviar meu olhar e toda minha atenção, fiz questão de mandar o link por e-mail para minha lista de contatos.

Desde então, faz parte das minhas viagens freqüentes (com trema porque não gostei nadinha dessa reforma ortográfica sem graça!). Quando descobri que Cris havia colocado este diário, escrito com tanto amor e dor, em um livro, meu primeiro pensamento foi comprar vários para dar de presente. Lógico que isto durou segundos, já que a situação de minha conta bancária não permitiria - quando me referi a vários, quis dizer vários vários, entende?

Agora não estou com cabeça para escrever mais sobre esta maravilhosa descoberta, então copiei o texto abaixo do blog Thales Guaracy para quem ainda não ouviu falar de Cristiana Guerra e seus amores, Guilherme e Francisco.

"Choque de emoções

A publicitária mineira Cristiana Guerra é uma jovem de cabelos curtos, com o corpo delgado coberto de tatuagens, dotada de uma virtude aperfeiçoada pela profissão - a de escrever com aquela graça, leveza e espirituosidade que fazem tudo parecer um pouco melhor. Mas não é isso que faz de “para Franscico,” lançado pelo selo Arx, um dos melhores livros publicados este ano no Brasil, senão o melhor. A leveza do seu pequeno diário é apenas o ingrediente necessário para ficarmos entre as lágrimas e o sorriso, jogo de emoções que nos confunde e se confunde com os extremos a que nos leva a vida.

Cristiana viveu extremos da alegria e da tristeza ao mesmo tempo, que lhe deixaram uma marca pelo resto de sua vida. Em julho de 2007, quando estava grávida de oito meses, seu namorado Guilherme morreu subitamente. Num fatal sincronismo do destino, ela cultivou o luto da perda e a felicidade de ser mãe pela primeira vez. Nem o mais frívolo leitor, aquele que é capaz de passar para trás uma velhinha na fila ou tirar o picolé de uma criança, ficaria indiferente.

Desde então, Cristiana resolveu escrever um blog, no qual dirige cartas ao pequeno Francisco, nascido órfão, a pretexto de contar quem era seu pai. Cristiana escreve primeiro para ela mesma, para lidar com as emoções e, como diz, para “não esquecer”. Narra pensamentos e as pequenas coisas do dia a dia, que ganham nova dimensão com a influência simultânea da tragédia da morte e do milagre da vida.

O blog “para Francisco,” (http://www.parafrancisco.blogspot.com) ganhou muitos leitores virtuais em todo o país, comovidos com a sinceridade, a coragem da autoexposição e a fantasia lírica de uma jovem mãe que, sob o impacto da tragédia, escreve para um filho que ainda não pode entendê-la. Transformado em livro, “para Francisco,” é uma compilação concisa e forte dessa correspondência imaginária. Traz à luz uma dupla história de amor: a primeira pelo amor perdido, a outra pelo filho recém nascido, que, como ela diz, “fez do fim um começo”. É um documento refinado e pungente dos mais puros sentimentos humanos e um apelo contra o tempo.

Em suas cartas ao filho inocente, Cristiana coloca-se na alma aflita do escritor: “pressa em falar para Francisco de seu pai, sobre o mundo e sobre mim mesma (só por garantia)”. Feita de sensibilidade nos mínimos detalhes, sua correspondência transmite a sensação de que podemos fazer da vida algo melhor, mesmo quando enfrentamos o pior.

Com a necessidade de dividir seus sentimentos, Cristiana não ajuda apenas a si mesma ou ao filho, que poderá aprender com sua história, conhecer o pai pelos diários da mãe e aprender a lidar com sua perda precoce. Levada por força do destino a aprender rápido, ela chega à única receita eficaz para lidar com o sofrimento. Descobre que a única coisa que nos consola diante das grandes perdas é cuidar daqueles que estão vivos.

Dirigido a uma criança de colo, ou à sua própria autora, “para Francisco,” é também uma obra que ajuda todos nós. "


.....

.....

Capa básica. Como o livro.
Em promoção na Saraiva.
Ótimo presente ou "auto-presente"...

Feliz Natal!

Neste retorno, queria uma musiquinha bem doce sem ser melada, com um vídeo bonitinho e bem-feitinho. Mas, de última hora, achei que ia ficar só no querer.
De repente, não mais que de repente, chego em um blog fofinho (tenho a ligeira impressão que estou meladérrima!) e ...




Angels We Have Heard On High
Sixpence None The Richer

Angels we have heard on high,
Singing sweetly through the night,
And the mountains in reply
Echoing their brave delight.

Shepherds, why this jubilee?
Why these songs of happy cheer?
What great brightness did you see?
What glad tiding did you hear?

Gloria in excelsis deo
Gloria in excelsis deo

Come to bethlehem and see
Him whose birth the angels sing;
Come, adore on bended knee
Christ, the lord, the new-born king.

Gloria in excelsis deo
Gloria in excelsis deo

See him in a manger laid
Whom the angels praise above;
Mary, joseph, lend your aid,
While we raise our hearts in love.



(Encontrei no etc... que encontrou no Meu blues para você.)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

É isso!

"Coragem! Mais vale errar se arrebentando
do que preparar-se para nada."
.
Darcy Ribeiro, educador brasileiro

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Por incrível que pareça, eu ouvi isto!

Uma piadinha. Na verdade, não é. É real, fato acontecido.
Alguém já ouviu falar que o dinheiro de contribuição espontânea em escola pública municipal deve ir para o prefeito?
Pois é, eu ouvi...
É por estas e outras que fica difícil levar a sério a administração pública. Dá vontade de rir de tão ridículo, mas deveríamos chorar por estarmos pagando por esse tipo de serviço público.

Blog às moscas

É culpa do computador! Ele nunca está perto quando tenho algo para escrever!
Infelizmente, ou melhor, felizmente eu não sou assim. A culpa é minha mesmo. Perdi o controle do tempo, procrastinei um pouquinho, fiquei sem inspiração, fiquei sem meu caderninho de anotações, enfim, um pouquinho de tudo.
O pior é que é tanto assunto, tanta novidade, tanta idéia, tantas coisas acontecendo que não estou conseguindo eleger uma prioridade.
Não consegui nem ler a Casa Cláudia desse mês! É o fim!
Mas nem tudo está perdido. No feriado, estive no 4 Rodas Experience again. Uma folga para meus neurônios...
Só tem um probleminha: vou ter que fazer uma reserva monetária para o próximo ano. Afinal, EU TENHO QUE ANDAR NA FERRARI!!!!
Já ia esquecendo outro probleminha: arrumei outro delírio de consumo - um HUMMER! Esse meu probleminha, na verdade, estaria resolvendo outro: meu pânico de morros íngremes. Sem falar que as estradas de Minas não seriam mais uma pedra no caminho (ou ficaria melhor "um buraco no caminho"?)

********
E por falar em 4 Rodas Experience, acreditam que não havia acesso para deficientes!!!
Quando questionei um segurança e um bombeiro, a resposta foi que não existia mesmo, seguida da informação que o acesso seria pela rampa existente na entrada, mas a organização do evento a teria fechado. Informação incorreta, por sinal, pois ao sair, fui verificar a situação da citada rampa e descobri que há degraus no meio dela (!) e, portanto, não é um acesso para deficientes, nem aberta, nem fechada.

domingo, 4 de maio de 2008

Shrek, agenda setting, Roberto Carlos...

O título é uma miscelânea. Mas dá pra fazer aquela brincadeira: o que Shrek, agendamento e Roberto Carlos têm em comum?

Somando a falta de memória cultural, histórica e todas as outras com a ineficácia do ensino com a teoria do agenda setting dá nisso (e muito mais, mas é domingo, estou com preguiça...):
* No You tube, a música Hallellujah é conhecida como a música do Shrek;
* Quando Barão Vermelho e outros gravaram Roberto Carlos há alguns anos atrás, um repórter perguntava às pessoas na rua o que achavam do cantor e também colocava para elas ouvirem as regravações - ou os originais, não me lembro. O resultado é que todos diziam não gostar de Roberto Carlos e que a música era do Barão.

E se você tentar conversar sobre algo que não a novela das oito ou as notícias, de preferência mais sensacionalistas, do Jornal Nacional, vai perder seu tempo. Se conseguir, agarre essa pessoa e não deixe ela escapar: é um animal em extinção.

E de onde eu tirei essa idéia agora, num domingo, com preguiça?
Ouvindo Hallellujah no DVD Shrek, que João Pedro está assisitindo pela enésima vez.
Ah! E a princesa Fiona verde não é feia: "É bonita. Pra mim ela é", diz o filhote, também em extinção.



Hallellujah

I heard there was a secret chord
that David played and it pleased the lord
but you don't really care for music do ya
Well it goes like this the fourth the fifth
the minor fall and the major lift
the baffled king composing hallelujah

Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah

Well your faith was strong but you needed proof
you saw her bathing on the roof
her beauty and the moonlight overthrew you
she tied you to a kitchen chair
she broke your throne and she cut your hair
and from your lips she drew the hallelujah.

Hallelujah,hallelujah, hallelujah, hallelujah

Baby I've been here before
I've seen this room and I've walked this floor
You know, I used to live alone before I knew you
And I've seen your flag on the marble arch
and love is not a victory march
it's a cold and it's a broken hallelujah

Hallelujah,hallelujah, hallelujah, hallelujah

Well there was a time when you let me know
what's really going on below
but now you never show that to me do you
but remember when I moved in you
and the holy dove was moving too
and every breath we drew was hallelujah

Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah

Well maybe there's a god above
but all I've ever learned from love
was how to shoot somebody who outdrew you
And it's not a cry that you hear at night
it's not somebody who's seen the light
it's a cold and it's a broken hallelujah

Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah, hallelujah, hallelujah
Hallelujah

domingo, 20 de abril de 2008

Aniversários!!!

Dia 15 este blog completou um ano. Não houve festa, nem velinha, nem tempo para dar uma passadinha rápida.
Foi um ano de surpresas agradáveis graças a ele. Encontrei pessoas interessantíssimas, pude acompanhar assuntos deliciosos e outros nem tanto, pude ouvir e ser ouvida.
Teorizar sobre blogs e esse mundo cibernético não é minha intenção (apesar do assunto me dar aquela coceirinha de querer saber mais, entender, discutir...). O que gostaria de compartilhar com quem passar por aqui é que, de uma forma estranha, através do blog voltei a me sentir conectada ao mundo.
Este, com certeza, será um tópico para os meus momentos "analisando, avaliando, pensando a vida". Se chegar a alguma conclusão interessante, excetuando as óbvias, comento aqui para alguém dar palpite ...

*****

Por falar em aniversário, dia 17 fiz Bodas de Cristal. Quinze anos de casamento, 19 juntos - metade da minha vida.
Não pude fazer festa porque, infelizmente, não tenho cristaleira em casa ...

I love working.

"(Sidney) Lumet, o diretor, tem 83 anos.
Olha só o que ele disse numa entrevista: "I love working. If I find a script I want to do, I'm delighted about it. Then as soon as I finish, it's 'where's the next one?" (Eu adoro trabalhar. Se eu encontro um script que eu quero fazer, eu me sinto contente. Então, assim que eu o termino, eu me pergunto, cadê o próximo?). " *

Tudo bem que nem todos têm a possibilidade de exercer uma atividade que ame de paixão, mas odiar o trabalho eu acho demais.
Claro que não estou pensando em pessoas que têm que se sujeitar a um determinado trabalho por absoluta necessidade. Levando ao extremo, ninguém resolve tirar seu sustento do lixão.
O que eu não consigo aceitar é alguém passar grande parte de seu tempo detestando o que está fazendo, fazer mal feito, não aceitar a responsabilidade pelo resultado e, pior que tudo, passar a vida assim, sem fazer nada para mudar a situação.
Lógico que essas pessoas sempre apresentam desculpas, algumas até quase colam, mas aí eu penso: será que nada podia ser feito mesmo?

Acredito que toda mudança é possível. Em graus diferentes, mas é possível. E depende unicamente de cada um.
Essa afirmação me parece óbvia, porém conheço indivíduos que insistem em botar a culpa pelo seu fracasso - porque nesse caso é fracasso - em alguém, no Governo, na situação familiar, no papagaio, no periquito ...
Convivo com pessoas que contam os dias para a aposentadoria. Isso me apavora por inúmeros motivos, mas deveria apavorar mais a elas.
Eu não consigo me imaginar não produzindo nada. Eu me sinto responsável pelo mundo em que vivo, portanto tenho que contribuir de todas as formas possíveis e uma delas é o meu trabalho, seja qual for. Não é uma coisa pensada como acabei de explicar, não é planejado. É um sentimento, algo que eu simplesmente sei (como diria João Pedro: quando eu era bebê, já sabia).
Em minha ingenuidade (ainda restou alguma, apesar de pessoas com quem convivi e situações pelas quais passei), às vezes penso que algumas crenças são básicas. Aí vem a realidade e me assusta com declarações absurdas, apresentadas sem vergonha nenhuma e que mostram uma total falta de compromisso com tudo e todos.

Espero e peço a Deus que eu chegue aos 83 anos e possa dizer: I love working.


* Tirei o trechinho acima do blog Fatimando na Austrália, postagem sobre o filme "Before the devil knows you're dead".

sábado, 5 de abril de 2008

Coisas de mãe

Achei, assim à toa, viajando pelos blogs: Amélias ao avesso.

João Pedro, quando começou a falar, gostava de assistir "Metanag".
Agora ele fala: "Mãããããe! Começou American Idol!"

É, toda mãe é igual.

Oh, vida cruel e subdesenvolvida! 2

Quarta-feira à noite, voltando para casa a pé, olho o semáforo vermelho, o de pedestre marcando 24 segundos (preciso de 9 para atravessar). Como de costume, olho se vem vindo algum veículo, vejo uma moto há uns 50 metros, um carro logo atrás e dou o primeiro passo na faixa de segurança. No segundo, algo me fez olhar novamente para o lado dos veículos e adivinha? A moto estava em movimento sobre a faixa de segurança, o rapaz olhando na direção da outra rua (onde o sinal estava verde!), não me viu e quando olhou para frente lá estava eu colocando a mão no farol da moto.
Será que eu estar ao lado da catedral explica o anjinho da guarda estar tão de prontidão?
O estranho é que tudo aconteceu em milésimos de segundo e mesmo assim deu para perceber tudo e ainda por cima resolver o que fazer. E ficar muuuiiito brava com o rapaz!
Se eu não olhasse, se ele estivesse um tiquinho mais rápido, se eu não pensasse rápido ... Ainda bem que o "se" não vale nada. "Se" valesse, agora eu poderia até estar escrevendo aqui, mas não estaria conseguindo andar - na melhor das hipóteses.

Será que é querer demais que quem está na direção respeite o básico?!

... sou um grão de areia.

Você pode estudar muito, ter muita experiência com crianças, ter vários filhos, se preparar com profissionais ou o que for, mas quando o seu filho de 5 anos, chorando lhe diz "Eu não quero existir" não vai haver conhecimento no mundo que lhe diga o que fazer.
Nessa hora a razão não existe, nada existe. Ou melhor, existe um mundo gigantesco e você uma coisinha ínfima, sem poder nenhum, diante do que há de mais importante na sua vida.
Tudo isso porque ele descobriu as múmias, na semana seguinte trouxe um esqueleto em papel da escola e soube da morte do pai de uma pessoa conhecida. Como não se contenta com explicações básicas, muito menos aquelas "para crianças", a situação complicou.

Há algum tempo quis saber o que era furacão. Depois, terremoto. Quando expliquei, disse que eu não deveria ter falado para ele, que não queria ter sabido nada daquilo.
É, às vezes crescer dói. O mundo cor-de-rosa vai sendo salpicado de negro. O desafio é mostrar que viver é bom, apesar das pedras no caminho.
O desafio da existência: superar o sofrimento.
.....

Estava pensando no assunto acima e começou a tocar Pais e filhos na Sky. Na faculdade, fizemos uma monografia sobre o rock brasileiro com a análise desta música. Já era interessante há 18 anos, agora, com experiência nos dois lados da música, mais interessante ainda.
.....

Quando fui procurar a música no You tube, achei isto:
João Pedro Bonfá e Marcelo Bonfá
O meu João Pedro tem esse nome por causa do João Pedro aqui em cima. Acho que tinha uns 17 anos quando vi uma foto da Isabela Garcia com o filho pequenininho, tão bonitinho! Adorei o nome e ainda bem que ela me serviu de inspiração porque não gosto de nenhum nome de homem...
Sem pai músico e uma mãe que ainda não acredita que conseguiu estudar dois anos de violino no Conservatório (depois disso, tudo é possível!), João Pedro adora música. No Natal ganhou uma bateria.
Aqui, ainda de pijama e tocando. Quem sabe...

sábado, 22 de março de 2008

Escola para pais

A coluna Ensaio na Veja desta semana cita o livro O Presidente Negro, de Monteiro Lobato. Um certo trecho conta: "Não se procriava às tontas, (...). Só podiam fazê-lo os casais portadores do 'brevê de pais autorizados', emitido pelo Ministério da Seleção Artificial depois de rigorosos testes de sanidade."
Extremo, risível se não levado à sério, trágico se pensarmos no passado.
Mas fugindo da política e da eugenia e viajando para um lado mais dia-a-dia, uma escola para pais até que seria bem-vinda. Resolveria muitos problemas.
Pense bem: criança não vem com bula nem manual de instruções (que clichê!); quando se tornam pais, os homens e mulheres também têm que se transformar em médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, professores, e assim vai indo dependendo de cada caso; com a tecnologia se superando a cada segundo, ninguém mais entende o que a geração mais jovem quer, fala; com as famílias diminuindo de tamanho, muitos adultos nunca conviveram com bebês e crianças e, portanto, desconhecem este mundo.

(Este meu texto está sofrível, mas com as várias interrupções de um menininho que não pára um segundo, estilo é o de menos na minha cabeça)

Tirando qualquer radicalismo ou exagero, acredito que realmente poderia existir algum curso para quem vai se tornar pai, assim como penso que as escolas poderiam oferecer palestras sobre como ser pai de um aluno - uma outra categoria. Coisas básicas, só para situar.
Quantas pessoas sabem como se desenvolve o cérebro de uma criança em termos de aquisição de conhecimento, por exemplo? E quantas destas possuem filhos? O que é janela de oportunidade?
Talvez seja querer demais já que acabo de presenciar um adolescente - uns dezesseis anos - afirmar na televisão que a capital do Uruguai é Caracas! Pra piorar ainda disse: "E eu vou lá saber!"

Alguns links interessantes :
A construção do cérebro
Meloteca
Anjo da guarda
Neurociência dos seis primeiros anos

domingo, 16 de março de 2008

Rrrrrrr!

Não consigo um título para outro blog simplesmente porque pessoas - rrrrrrrr! - utilizaram, aparentemente, todas as minhas idéias.
Mas o pior não é saber que minhas idéias não são só minhas (com este blog já aprendi que isso é normal), e sim que aquelas pessoas - rrrrrrrr! - não utilizam as contas. Sem postagens, sem comentários, sem perfis. Nada. Só os endereços!

De volta

Deixando os últimos resquícios do clima de férias para trás. Chega de futilidades e bobeirinhas.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Como uma panqueca...



You are breakfasty, like a pile of pancakes on a Sunday morning that have just the right amount of syrup, so every bite is sweet perfection and not a soppy mess. You are a glass of orange juice that's cool, refreshing, and not overly pulpy. You are the time of day that's just right for turning the pages of a newspaper, flipping through channels, or clicking around online to get a sense of how the world changed during the night. You don't want to stumble sleepily through life, so you make a real effort to wake your brain up and get it thinking. You feel inspired to accomplish things (whether it's checking something off your to-do list or changing the world), but there's plenty of time for making things happen later in the day. First, pancakes.

(Descobri lendo Tem quem goste. I am a morning person too.)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

4 da manhã

Tudo bem estar acordada a esta hora na segunda (bem, já é terça) de Carnaval ... se eu estivesse na folia, não em casa, em Pouso Caótico!
Minha cabeça está fervilhando. Precisaria de, no mínimo, mais umas três "eu" para dar conta de tudo que quero, tudo que penso.
Mas meu fim de férias foi muito bom, a volta ao trabalho foi muito boa, o meu aniversário tranqüilo. Descobri que o caminho que escolhi tomar em relação às pessoas está mais do que certo e estou podendo colher amizade, respeito, reconhecimento e muito carinho.
Nos últimos quatro anos aprendi muito, principalmente com uma amiga muito, muito querida e todos os seus gigantescos problemas que ela conseguiu superar - não sem dor, mas bravamente.
Existe também outra pessoa que conheço apenas virtualmente e que, sem saber e sem querer, acabou me levando a caminhos que acreditava não conseguir seguir. Comecei a viagem há pouco tempo - menos de um ano-, mas já desvendei vários segredos e, aos poucos, vou conseguindo enxergar o que se esconde atrás da camuflagem. Quando poderia eu imaginar que uma foto pudesse ser a chave que eu precisava?
Quatro da manhã e o meu raciocínio lógico já foi dormir. Melhor eu fazer o mesmo antes que as palavras comecem a fazer sentido apenas para mim.

Mesmo que nem todos que acreditaram que minhas qualidades superam meus defeitos leiam, fica aqui registrado: MUITÍSSIMO OBRIGADA !

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Louca, eu?

Minhas férias estão acabando! Não vejo a hora!
Acho que sou um pouco workaholic (segundo este teste o meu "achismo" está certo - a luz vermelha está piscando, cuidado!)

Bem que eu podia juntar trabalho com casa de minha mãe com Campinas com gente inteligente com estudo com sono relaxante com 5 quilos a menos... ai, ai.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Momento farmácia

Fiz uma descoberta ótima hoje. Ótima em termos, já que se refere a remédios...

Fui comprar um medicamento manipulado para minha mãe e acabei descobrindo que outro, que tomo diariamente, também poderia ser aviado. E o preço: 60 comprimidos por R$ 14,00, enquanto eu pagava a caixa com 30, R$ 16,00 (genérico ainda).

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Aventura de férias

Em semana de SPFW,
momento "Zero Glamour".
Domingo, estádio do Mogi Mirim, Corínthians X Santo André.
Eu, uma leiga em futebol, resolvo ir
com meu irmão ao jogo para o
João Pedro ver como é.
De repente, nuvens negras no horizonte começam a se aproximar, João Pedro começa a não gostar da idéia, um pai xinga muito nas nossas costas, calor, colocamos as capas, mais calor, as nuvens chegam e aí... aí, como diria Marta Suplicy, relaxa e goza.
Mas com criança não é bem assim. Enrolo daqui, enrolo dali, abraço João Pedro. A chuva é tão forte que não sei como os jogadores enxergam. Os pingos vinham de encontro ao meu rosto - eu parada, imaginem se estivesse correndo.
Todo mundo em pé porque a água escorria pela arquibancada e euzinha lá, sentada, com o filhote dormindo no colo.
Muito bom (apesar da "fantasia", urgh!). Só ficou faltando os jogadores lembrarem que eles estavam lá para jogar. Direito.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Será a maturidade?

Maturidade
3. período da vida compreendido entre a juventude e a velhice
4. experiência ou ponderação própria da idade madura

Andando (muuuuuiiiiiiiiitoooo) pelo shopping, só, com o João Pedro, muitos pensamentos pela cabeça. Comecei a perceber algo estranho nesse meu mundo das idéias, mas nada assustador, pelo contrário.
Na verdade, era algo que já tinha percebido nos últimos tempos e que tinha sido atropelado pela correria do dia-a-dia, sem chance de ser compreendido.
Nesse dia, quando mergulhei no paraíso das futilidades, em corredores e corredores sem fim (estou falando do Pq. Dom Pedro, o maior shopping da América Latina...) parece que tudo ficou mais claro, que todas as peças estavam no seu lugar e eu estava pisando em local mais seguro, mais calmo.
O mundo continua igual, os problemas continuam existindo, há quase uma década já passei dos 30 (idade máxima que conseguia imaginar quando adolescente) e tudo bem. Sem ansiedade, sem confusão.
O que mudou, quando mudou, não sei ao certo. Mas, com certeza, será bom continuar assim.


***
Ao meu lado, olhando a vitrine, um pai e seu filho - um rapaz alto, muito bonito, uns 20 anos, elegante. Lembrei de ter lido (acho que no blog Mothern) algo mais ou menos assim: à noite, ventinho de outono, você vê um rapaz lindo, sem camisa, e o pensamento que lhe vem à cabeça é ... o que ele está fazendo sem agasalho!
Meu pensamento foi similar. Um olhar de mãe, talvez?
É, acho que gostaria de ver o João Pedro como ele.

***
Meu irmão foi ao show do Air Supply, em São Paulo, e eu estava vendo um vídeo que ele gravou.
Engraçado como os assuntos estão se encaixando. A música me levou para um tempo distante e me trouxe de volta sensações e lembranças de infância.
Poderia ter ficado arrasada, como ouço algumas pessoas: "Meu Deus, como o tempo passa! Que horror!"
Mas nem de longe foi o que senti. É um tempo de aproveitar o presente, mas também de relembrar as coisas boas que passaram. Sem nostalgia, apenas desfrutando.

Air Supply em três momentos: 1979, não sei quando (mas pelo cabelo, foi antes do próximo) e no show em São Paulo, dia 16.

(Queria entender por que a entrelinha muda! Se alguém puder me esclarecer este mistério, danke!)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Visitando Maharani...

You Belong in Paris

You enjoy all that life has to offer, and you can appreciate the fine tastes and sites of Paris.
You're the perfect person to wander the streets of Paris aimlessly, enjoying architecture and a crepe.


You Have Your PhD in Men

You understand men almost better than anyone.
You accept that guys are very different, and you read signals well.
Work what you know about men, and your relationships will be blissful.


You Are New York

Cosmopolitan and sophisticated, you enjoy the newest in food, art, and culture.
You also appreciate a good amount of grit - and very little shocks you.
You're competitive, driven, and very likely to succeed.


You are a Brainy Girl!

Whether you're an official student or a casual learner, you enjoy hitting the books.
You know a little bit about everything, and you're always dying to know more.
For a guy to win your heart, he's got to share some of your intellectual interests.
A awesome book collection of his own doesn't hurt either!


You Probably Look Younger Than Your Age

You live a healthy lifestyle and know how to take care of yourself.
You'll probably have a youthful glow for many years.


... me empolguei! Ô falta do que fazer!
Ahn! Estou de férias!!

***

Alguns dias depois...

... estou no cabeleireiro, cortando o cabelo de João Pedro, quando surge a pergunta: "quantos anos você tem?". Resumindo, me enxergaram dez anos mais jovem. Não precisa tanto!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Tinha que compartilhar

Cada dia escrevo menos e copio mais. Fazer o quê? Não tenho culpa de achar mentes gêmeas por aí, que conseguem não só pensar mas escrever...

Dinheiro, pra quê dinheiro?

Dinheiro pra comprar umas roupas novas porque as suas já não cabem mais. Dinheiro pra comprar berço, chupeta, móbile e carrinho. Pra pagar o parto, a babá, os remedinhos, os algodões. A cadeirinha para o carro, a cadeirinha pra comer, as roupas e os sapatinhos que se perdem a cada mês. Pra pagar a escolinha, o material, a excursão, a natação.

Filho, pra quê filho?

Filho pra descobrir que você pode viver com bem menos do que imaginava. Pra se descobrir consumista-para-o-outro. Descobrir que aquele sapato fofo e carésimo pode ficar para o mês que vem. Ou pra nunca. E tudo bem também. Filho pra mudar de prioridades. Pra pensar mais pra frente. Pra fazer contas que você nunca se imaginou fazendo. Pra cortar supérfluos. Pra concluir que ter filho custa muito dinheiro sim. Mas, ora, dinheiro? Pra quê dinheiro?

(texto copiado do blog Mothern)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mário Prata

Visitando o Desiderata, lembrei-me desta crônica do Mário Prata, muito boa como todas.
Mas não confundam: eu ADORO crianças e AMO meu filho 1000 (como diz ele, não sobre eu ou o pai - que ele diz amar 16 e 17 -, mas para a Ana Júlia, sua primeira e eterna namorada).

Filho é Bom, Mas Dura Muito

— Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir.

— Aproveita agora, que ele ainda não tem cólicas noturnas e ainda mama nas horas certas, porque depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.

— Aproveita agora, que os dentinhos dele não começaram a nascer e, quando isso acontecer não vai ter Nenedent que acalme nem ele nem você.

— Aproveita agora, enquanto ele não engatinha, porque, quando começar a arrasar a casa e a derrubar cadeiras e bibelôs e lustres e a comer jornal, só vai dar dor de cabeça.

— Aproveita agora, antes que ele comece a andar. Aí acaba o sossego. É o perigo de ele bater a cabeça nas quinas das mesas, cair e meter a boca no chão, puxar panela no fogão. É um transtorno, filho andando. Ele correndo pela casa e você atrás.

— Aproveita agora, enquanto ele ainda não está na fase do "Por quê?", porque depois você não vai conseguir ler nem jornal nem livro e nem ver televisão. E vai ter que explicar sempre o inexplicável.

— Aproveita agora, que ele ainda não sabe ler e pedir o que quiser no restaurante. A única vantagem é você não precisar ficar traduzindo os filmes para ele.

— Aproveita agora, enquanto você programa as férias dele e ele ainda não ouviu falar no Disneyworld, porque você vai ter que pegar filas de duas horas e enfrentar montanhas-russas no escuro.

— Aproveita agora, que ele ainda não é tarado por música, porque, quando ele resolver ouvir "música" na sua casa — com ou sem os amigos —, até os vizinhos mais simpáticos irão reclamar. E não pense que ele vai tocar aquelas músicas do seu tempo, não.

— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você.

— Aproveita agora, que ele ainda não está nem fumando maconha e nem acabando com o seu uísque e aquela cervejinha que você tinha certeza que estava na geladeira te esperando do trabalho.— Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver.

— Aproveita agora, que ele ainda não tomou nenhuma bomba e você ainda acha que ele é tudo que você sonhou, porque, quando ele repetir de ano, você fará — para você mesmo — a eterna pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?".

— Aproveita agora, que ele ainda não decidiu que faculdade cursar porque a escolha dele não vai nunca coincidir com os planos que você fazia para ele, quando ele ainda engatinhava.

— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na faculdade, porque, quando entrar, vai pedir um carro para ele ou usar o seu.

— Aproveita agora, que ele ainda avisa quando vai dormir fora de casa, e você pode dormir sossegado e não pensar em ligações desagradáveis para a polícia, o hospital e, o pior de tudo, para o IML.

— Aproveita agora, que ele ainda não se casou, porque, depois, ele nunca mais vai te visitar a não ser para pedir dinheiro emprestado.

— Aproveita agora, enquanto ele ainda não tem filhos, porque, quando tiver, é você quem vai tomar conta deles nos fins de semana. Seu sossego chegará ao fim, logo agora que você se aposentou.

— Aproveita agora, que ele ainda não se separou da primeira esposa, pois, quando isso acontecer, ele virá morar novamente na sua casa.

— Aproveita agora, que ele ainda te ajuda com um dinheirinho, porque a sua aposentadoria não dá para nada, pois a segunda mulher dele vai ser contra a ajuda.

— Aproveita agora, porque ele está pensando em te colocar num asilo de velhinhos.

Mário Prata


E aproveitem agora, a vida tá aí!
E a felicidade...

Da Felicidade

Quantas vezes a gente, em busca de aventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura,
Tendo-os na ponta do nariz!

Mário Quintana