domingo, 19 de abril de 2009

E mais um feriado...

Três em menos de um mês é demais para mim. O pior é que eu tenho certeza que, passando o último, vou escutar:
_ Quando vai ser o próximo feriado?

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Mas hoje é domingo, pé de cachimbo e estava a ler o caderno Cotidiano da Folha. Danuza Leão primeiro para ver se me interesso pelo assunto do dia e, depois, devagarinho para não estragar, Gilberto Dimenstein, que eu adoro de paixão. Quando eu crescer, quero ser "que nem" ele.

Mas o que quero comentar agora - porque já é muito tarde para minha pobre cabecinha continuar com assuntos muito sérios - é a crônica de Danuza, mais especificamente este trecho:

"Comecei falando de música, mas agora vou falar de amor. Será que as pessoas ainda se apaixonam, amam como amavam, pensavam no ser amado o tempo todo e fariam qualquer coisa -como diz "Hino ao Amor", de Piaf, renegariam sua pátria e seus amigos se lhe fosse pedido- pela pessoa que amassem? Vamos falar de coisas bem banais: deixariam de ir a um jogo de futebol, se isso lhes fosse implorado? De ir à praia? Dariam o último pastelzinho da travessa à pessoa amada? Será que o amor está acabando?
Há muito tempo não ouço ninguém me dizer que está morrendo de paixão, nem homem nem mulher. Os homens não são muito de confessar essas coisas, mas as mulheres estão preferindo ir a uma academia de ginástica a sair com um homem com más intenções. O que é uma pena. Porque não há nada melhor do que viver uma paixão, e se ela não der certo, sofrer muito por ela."


De vez em quando, me pego pensando nisto também, procurando algum sinal de que ainda haja esperança.
Infelizmente, já ouvi muito aquela história de que "imagina se vou deixar de fazer isto por ele/ela - por acaso ele/ela faria o mesmo? - não pode se entregar assim, senão eles/elas se aproveitam".
Talvez eu esteja no lugar errado (e cá entre nós, eu estou...) mas será que é vergonha hoje se apaixonar e se entregar ao sentimento?
Citando Danuza Leão, "será que as pessoas ainda têm uma dor de corno, daquelas de se enfiar na cama e nem querer saber se está chovendo ou fazendo sol? A julgar pelas músicas atuais, não."
Please, alguém me diga que não teremos que nos sujeitar ao amor da música dita sertaneja ou dos pagodes que reviram sambistas no túmulo. Please, please, please!!!