sábado, 1 de agosto de 2009

Pois é, então...

Essa história de tecnologia vicia.
Internet onde você estiver, notebook, celular 10 mil em 1 - isto ficando só no básico.

Outro dia estava me lembrando de quando tinha 14 anos e fazia "curso de informática" - Basic I ! Numeração binária, fluxogramas, uma aula inteira para fazer uma bobeirinha e - agora o detalhe - gravar em fita cassete, processo que só poderia ser verificado na próxima aula porque demorava muuuuiiiiito. E hoje nós ficamos irritadíssimos quando o site demora alguns segundos a mais para abrir...

Mas, apesar de não sentir atração nenhuma pela aula (ao contrário do professor em mim), a idéia da tecnologia me agradava. Não a criação, que é o que se aprendia na época, mas as possibilidades.

A imagem me é tão vívida como se tivesse acontecido há pouco tempo: eu, sentada no sofá da sala "com perna de índio", fazendo tarefa em frente à televisão e pensando, pensando, pensando em como seria bom se eu tivesse um computador que pudesse estar em qualquer lugar a casa.

O que mais gostava de fazer era estudar (o que não mudou). A possibilidade de ter informações acessando uma máquina na sala de casa era o suprassumo. Ao invés do fichário da biblioteca, um fichário dentro do computador. Ao invés de ficar procurando em vários livros uma receita, uma lista de receitas na ordem que escolhesse e que se auto-organizasse com novas entradas.

Estou escrevendo 25 anos depois, João Pedro com 6 já domina o computador há tempos, estou no quarto com o notebook conectado em um aparelhinho que cabe em minha mão (e ela é pequena), digitando e assistindo "Os Thunderbirds" com o filhote que está em uma fase "naves".

Pois é, então...