sábado, 17 de julho de 2010

Saber demais cansa

Filhote em férias na casa da vovó (saudades após um dia...). Acordo após uma semana cansativa e uma sexta de trabalho das 7h30 às 20h00, com meia hora de almoço. Café da manhã e pão com Nutella sem culpa.
Muito a fazer mas aproveito o silêncio - coisa rara por aqui - para algo que há muito tempo não consigo: sentar e ler o jornal. O hábito atrapalha um pouco (tempo, tempo, tempo!) então manchetes, leads e olhar rápido à procura da informação que despertou interesse, satisfação ou frustração com o conteúdo e não os fatos, Cotidiano e Ilustrada para ler com mais calma.

Liquidação na Isabela Capeto, "museu como 'geladeira'", Mônica Bergamo e gente que não me interessa."É dramático parecer o que não se deve" - clic, voltar para ler depois. Uh! Lauryn Hill no feriado de 7 de setembro! Uhn. Trabalho na segunda e tem Bon Jovi depois... Não vamos dar conta. Quem mandou! Crueldade do homem, escritor português - voltar depois. Crítica/Ensaio – clic. "Editor é segundo cérebro de um texto", necessidade ética, banalidade a internet - clic, clic. Oh! Ti Ti Ti! Victor Valentim e Jacques Leclair! Boas lembranças - essa eu até queria assistir (ausência do hábito brasileiro há mais de 10 anos). Exposição no Masp - interessante, verificar. Drauzio Varella - por último. Quadrinhos - faz tempo! Paródia, Dilma, YouTube - começando por aqui.

Não demora muito e lá estou, de novo, juntando assuntos díspares e questionando o que há por trás das informações, dos fatos e descobrindo relações que gostaria de não saber. Ou melhor, gostaria que não existisse, já que a ignorância não se encaixa neste projeto inacabado, mas que evolui a contento, chamado EU.

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Estudante de publicidade de 25 anos planeja em detalhes um vídeo viral. Tá. Pró-Dilma! A ideia era fazer as pessoas falarem mais de política. Ah, tá!
Por que suspeitar que há algo mais? Ele mora em Rio Verde, Goiás - não tenho a menor noção de onde fica. Não é São Paulo, Rio... Que pensamento ridículo e preconceituoso!
Isso não é bom. Sem diminuir Goiás, a suspeita aumenta!

Hoje em dia fazer algo como o que ele fez não é anormal,pelo contrário. Se até briga entre mulher e amante do marido é hit na internet e vira assunto de discussão no cotidiano... (para variar, precisei pedir para que me explicassem do que se tratava após ouvir vários comentários). Mas precisava ser campanha política! Deve ser isto - política atrai desconfiança. Será???

Odeio ficar sem uma conclusão!!!

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Marido interrompe a leitura para contar que o controle de medicamentos não serve apenas à Anvisa. As empresas controlam quem está receitando e quanto - e os publicistas se degladiam por isto já que o peso na avaliação do trabalho é grande.
Pensando assim, tem lógica eu pensar que medicamento controlado é um grande negócio para os médicos.

Pronto. Lá vem conspiração!

No último mês participei de dois problemas graves com pessoas próximas causados pela irresponsabilidade dos médicos na prescrição de medicamento "tarja preta". Não é um completo absurdo questionar em que medida a política de controle das empresas, da própria Anvisa - sei lá! -interfere na quantidade e facilidade em se ver receituários azuis
hoje em dia.

Começar a duvidar ainda mais de médicos é um problema. E é melhor eu parar por aqui porque lembrei da república de alunos de Medicina em frente de casa, as várias ligações para a polícia, o nível de educação e caráter dos vários que já passaram por lá e eu só quero um sábado de descanso.

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Será que já inventaram um remédio para síndrome do super herói? Ou seria mais acertado dizer: será que já inventaram a síndrome do super herói para receitarem um remédio - controlado - para ela?