Políticos de peso compareceram. Indicava o caminho, as pessoas, o café e eles passavam com aquele olhar que mostrava o quanto estavam interessados em estar ali rodeados de pessoas que, na maioria, nunca tinham visto. Na saleta onde se encontravam e aguardavam informações dos assessores, qualquer esforço em parecerem um pouco preocupados com qualquer coisa que fosse sumia já que o acesso era restrito.
Mas chega mais um avião. Pouco alvoroço em volta de quem apareceu no portão de entrada. Quem esperava para fazer aquela média com políticos não identificou o que chegava - ele estava sem terno, com camisa e jaqueta esporte. Mas eu sabia quem era e fui informar as autoridades locais que Magalhães Teixeira* estava entrando. Ao contrário de todos os outros que já haviam chegado - e dos que chegariam em seguida - , me cumprimentou e pediu atualização sobre o evento e mais detalhes. Já sabia que ele era diferente, mas naquele momento tive a certeza de que era bom.
Lembrando disto agora, percebo que a sensação que ele me transmitiu (e que fui aprendendo a decifrar com o tempo) foi o que me fez interessar pela política mesmo sem saber. O que percebi/senti ouvindo as poucas palavras que trocamos é que boas pessoas existem na política e que a política pode estar bem próxima das "pessoas comuns". As "autoridades", bem, que fiquem entre elas.

por dois mandatos (1983 a 1988 e 1993 a 1996)
e eleito deputado federal (1990 a 1992) com
a maior votação da cidade. Em 1994, lançou
o Programa de Renda Minima, destinado a famílias
abaixo da linha de pobreza que cumprissem
algumas condições, como manter os filhos na escola
com bom desempenho e aceitar receber visitas
da assistência social. Também implantou um
canal de comunicação entre a população e
a prefeitura através de uma linha telefônia exclusiva
para este fim. Foi um dos fundadores do PSDB.
Morreu em 1996 devido a um câncer no fígado.